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(Quando 5 pessoas se juntam para dar corda à cabeça)

domingo, 17 de abril de 2011

O meu anúncio da semana é...


O meu anúncio favorito desta semana é um anúncio da TMN que faz alusão à célebre música Jingle Bells à portuguesa. Certamente já por diversas vezes ouvimos “Jingle Bells, Jingle Bells, já não há papel. Não faz mal, não faz mal, limpa-se ao jornal”. Assim, esta empresa de serviços móveis, para comemorar uma época natalícia, pegou na tradicional música, que toda a gente conhece e fez a versão TMN adequando-a à promoção natalícia de triplicar o saldo. Deste modo, construíram um headline a partir da música Jingle Bells à portuguesa ficando então “Jingle Bells, Jingle Bells, já não há papel. Não faz mal, triplica-se o saldo”. Contudo, temos que salientar que a para entender esta publicidade é necessário ir ao sentido denotativo da palavra papel, pois, papel não aparece relacionado com o papel higiénico como na música original, ou com o papel comum. Neste caso referimo-nos ao papel mais desejado do mundo, o dinheiro. A TMN apresenta-nos assim uma proposta para a nossa falta de saldo no telemóvel, ou seja, não há saldo, mas a TMN triplica o pouco que nos carregarmos.
Este parece-me ser um bom exemplo de um anúncio que pega em algo do quotidiano e que está no nosso dia-a-dia, e coloca na publicidade, fazendo com que esta seja facilmente menorizada por toda a gente por se entrelaçar com algo conhecido do nosso dia-a-dia.
Apesar de ser comum a todas as novas publicidades da TMN, gostava de salientar ainda o slogan desta marca. O famoso “até já” da TMN, assim como “o que é que precisas?” da Optimus, são exemplos de expressões que usamos no nosso dia-a-dia e que são utilizadas por algumas marcas para se afirmarem no mercado e para conseguirem provocar nas pessoas uma espécie de rememoração constante. Tal acontece por se apropriarem de algo que está sempre presente, pois, quantas vezes por dia dizemos até já a alguém após uma chamada telefónica? Ou quantas vezes perguntamos a alguém que nos telefona o que é que precisa? Assim, talvez seja certo que a simplicidade de um slogan não o torna pobre, pois, o que o enriquece é a sua capacidade de entrar como uma agulha hipodérmica na cabeça das pessoas.

Andreia Martins M4220

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